quinta-feira, 30 de outubro de 2014

WiP - HG 1/144 RX-78 NT-1 - Scrap Build - Parte 3

Continuando a tortura do pobre NT-1, resolvi partir para a pintura de algumas partes. Depois, se for o caso, vou corrigindo. Mas nem a pintura pode ser simples né?


Querem saber como foi? Então vejam o post completo e acompanhem o Blog!




Inicialmente precisa-se lavar as peças com um detergente neutro pra desengordurar as peças. Não tirei foto deste passo porque...né?

Meu primer da Mr. Hobby (que é excelente por sinal) está perto do fim e eu não tinha certeza nem se conseguiria aplicar primer no kit inteiro. O jeito foi procurar uma solução nova e, no embalo, nacional.


Minha escolha da vez foi o primer da acrilex.

Eu já trabalhei com materiais da acrilex antes e tive resultados insatisfatórios. Mas...o problema eram os materiais ou minha inexperiência? Por que não tentar de novo?

O interessante não é apenas o fato de ser barato e nacional mas também por ser a base d'água e não ser tóxico. Deus..DEUS, barato, nacional, a base d'água e não tóxico? SIM! SIM! SIIIM!

Posso usar isso no quarto tranquilamente sem me preocupar em morrer asfixiado ou desenvolver um câncer de pulmão. Certamente esses também foram atributos chaves para eu dar uma nova chance para a acrilex!


Depois de diluir com álcool (foi outra tentativa, não é todo produto a base d'água que reage bem com álcool, mas esse quebrou o galho). Apliquei uma mão fina, "empoeirada" e isso costuma ser suficiente quando usava o primer da Mr. Hobby, então deixei esse assim também.



A melhor parte é que funcionou! Não tive dificuldade de diluir o primer ou aplicá-lo com o aerógrafo, tudo correu muito bem.

MAS vale ressaltar que ela é bem grossa, mesmo depois de diluída e costuma formar camadas grossas no corpo do aerógrafo. Após a utilização é bom dar uma esfregadinha na agulha e usar álcool para uma limpeza por dentro.

(Vejam a marca do primer no copo do aerógrafo, ele deixou uma camada bem espessa)




Li num fórum de plastimodelismo que é possível usar água e detergente neutro também. É até bom que economiza no alcool, mas ainda não testei a limpeza dessa forma, fica para uma próxima vez.

O próximo passo: começar a dar cores para as peças!

Comecei pelas peças azuis por serem em pequena quantidade e também pela vontade de dar um efeito bacana nelas. Excelente oportunidade para testar as tintas brilhantes da acrilex!


Novamente, opções baratas e nacionais. Eu trabalhei a pouco tempo com a tinta da hobby cores e ela quebrava o galho. Mas as tintas foscas eram horríveis! Uma vez fui usar um preto fosco da acrilex e o resultado foi desastroso. Estava com medo de colocar uma tinta da acrilex no aero novamente. Mas...mesma coisa do Primer: Baratas, nacionais, a base d'água, não tóxicas...

Bom, era hora de terminar o drama e os tabús e partir para a pintura!

Como queria um azul mais claro para o efeito que queria, misturei o branco e o azul para um azul celeste


...Ou quase...

Mas pelo menos ficou mais claro!

E agora vamos à prova de fogo!


Nossa...nossa...NOSSA! Ficou muito BOM! Como essa tinta brilhante é fácil de trabalhar! Aderiu a peça muito bem. A cor até ficou bacana e ela ficou agradável depois de seca.

Depois desse resultado eu só tenho um lamento pela acrilex: A gama de cores não é grande. Para certas cores somos obrigados a fazer misturas mas...fato é que kit igual ao seu vai ser difícil...BEM difícil então isso, apesar de chato (pq exige uma recipiente pra mistura e tudo o mais) valoriza o trabalho.

Ah sim, tem na internet uma lista de misturas para conseguir cores usando a palheta da tamiya mas...eu não tenho, então quem quiser procurar fica a dica!


Que beleza...

Azul incrível!

Agora é hora de mascarar pra dar aquele "efeito" especial.

Não sei como se faz, fui na louca mesmo e ficou assim:




Não me parece ruim, vamos ver depois de pintado.


Que azul bonito...


Perfeito! Exceto...


...Pelo escudo...

Poxa que chato. E eu nem sei quem foi o frágil da história: O primer ou a tinta? Fato é que repintar essa peça ia dar um trabalhão. Se pintasse por cima ia ficar com uma camada muito espessa e pra tirar tudo isso ia ser complicado.

O jeito foi usar uma solução bem preguiçosa.


Quando eu fiz a mistura da tinta, havia sobrado bastante coisa. Então eu guardei num frasco de vidro. Finalmente um acerto! Com um palito de dente eu cobri as partes que a tinta saiu.


E a peça ficou como nova!

Seguindo com o trabalho, parti para as peças cinzas que eram as que tinham menor quantidade depois das azuis.
E nada melhor do que testar outra tinta:


O preto enamel da revell que é vendido no Brasil e facilmente encontrado numa RiHappy da vida! O enamel serve pra lines, mas eu já tenho o line accent. Ele também tem uma superfície mais lisa e uniforme que as tintas acrílicas e uma excelente aderência. Mas o tempo de secagem é bem maior e o cheiro...

Quando diluí com o solvente da acrilex, apesar de ter funcionado perfeitamente, quase morri asfixiado. Dois produtos com cheiro fortíssimos e diferentes. Mesmo quando o quarto aberto, janela aberta, ventilado...ele levou uma semana para dispersar o cheiro. Acabei traumatizando e não estou com vontade de mexer com esse tipo de tinta tão cedo.

Mas, li na internet que nesses casos tem o ecosolv da Acrilex, que serve pra diluir esse tipo de coisa sem matar agente asfixiado (mas do câncer não vai ter como fugir, hahahaha).  No entanto, ainda não descolei um, quando conseguir eu posto aqui.

E vamos aos resultados:



Apesar do cheiro fortíssimo, é um preto muito bonito. Uniforme, fácil de trabalhar, brilhante...Excelente resultado!


E foi secar ao lado das compatriotas azuis.

Não parece, mas eu levei o dia todo pra fazer "só" isso. Pintar peça por peça com o aerógrafo é um trabalho cansativo. Mas o resultado compensa.

Enfim, encerro esse post por aqui. Quem quiser saber se o NT-1 vai sobreviver a esta sessão de tortura, continuem acompanhando!

2 comentários:

  1. Muito legal kaiser!

    Bom ver mais alguém tentando usar algum produto nacional. As cores ficaram bacanas! Como você disse, o leque de cores não é tão vasto, mas dá pra sair misturando e inventando algo novo... Uma gota de vermelho, duas de roxo, azul claro, branco... e por aí vai. Eu costumo misturar e não anotar qual combinação usei, pra não correr o risco de repetir a mesma cor. Cada trabalho é um novo cálculo...

    E o vulcan? Como ficou?

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  2. O problema de não anotar a combinação é a tinta acabar no meio do trabalho.

    Hahahahaha.

    Ainda não voltei a trabalhar na vulcan mas já tenho algumas idéias!

    Valeu Crys!

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